


Existem cada vez mais evidências de que as mudanças climáticas no mundo estão sendo provocadas pelo próprio homem.
Esta história está acontecendo agora e todos nós somos participantes dela, com destaque para os profissionais responsáveis pela gestão ambiental no ambiente industrial, pois envolve, por exemplo, a combustão de derivados de petróleo e os compostos químicos gerados nesta combustão que provocam a alteração no clima da Terra.
Como nem todas as pessoas acompanham esta novela desde o início, não conseguem entender as ações atuais, os novos lances, os suspenses e até as participações dos seus diversos atores. A única diferença em relação a uma novela é que o assunto “mudanças climáticas globais” não é uma obra de ficção, muito pelo contrário.
Para que todos possam acompanhar o desenrolar dos próximos capítulos, abaixo é apresentado um resumo com os principais momentos de 1810 até agora.
De Martini
1961: A Organização Meteorológica Mundial, órgão das Nações Unidas,começa a registrar anualmente a temperatura média global da superfície da Terra, verificando, a partir de então, o aumento progressivo desta.
1992: Na Rio 92 os países decidem atuar no controle das emissões dos gases de efeito estufa estabelecendo responsabilidades e deveres diferentes: os países industrializados teriam maior responsabilidades nas ações, pois, o efeito estufa foi provocado, principalmente, pelos gases acumulados na atmosfera por muitos anos de geração.
1997: Em Kioto (Japão) foi estabelecido um acordo contra o aquecimento global, conhecido como Protocolo de Kioto, estabelecendo metas para os países industrializados: redução da emissão de gases dos efeito estufa, na média em 5 % em relação a 1990. Os países em desenvolvimento não precisam cumprir metas. Este Protocolo só passaria a vigorar quando aprovado por países que representem, no mínimo, 55 % das emissões totais de CO2 em 1990, o que só ocorreu em 2005 quando a Rússia assinou o protocolo, já ratificado por mais de 118 países, que passou a ser considerado o Tratado de Kioto, mesmo sem a aprovação dos Estados Unidos da América, que representam sozinhos por 25 % das emissões mundiais de CO2.
O Brasil conseguiu incluir um instrumento no Protocolo permitindo que investimentos feitos nos países em desenvolvimento, que reduzam gases do efeito estufa possam ser contabilizados (créditos de carbono) pelos países industrializados e reduzidos de suas metas. Estes investimentos poderiam ser certificados (Certified Emissions Reductions – CER), através de padrões internacionais e comprados por empresas ou governos.
1998: Na época foi o ano mais quente da história, 0,55 °C acima da média anual.
2002: Na época foi o segundo ano mais quente da história, 0,48 °C acima da média anual.
2003: Na época foi o terceiro mais quente da história, 0,45 °C acima da média anual. O verão europeu de 2003 foi o mais quente em 500 anos. Pesquisa da Universidade de Berna, publicada na revista Science, que analisou dados de amostras geológicas, biológicas e registros históricos (a temperatura passou a ser registrada na Europa a partir de 1750). O estudo informa também que os 10 verões mais quentes da Europa foram os dos últimos 10 anos. Nos últimos 10 anos o inverno europeu também tem sido mais quente do que a média história.
2004: A NASA, agência aeroespacial americana, sustenta que o ciclone Catarina que atingiu o Sul do Brasil em março, era um furacão formado pelo aumento das temperaturas da superfície das águas no Atlântico Sul.
Neste ano, ainda sem o Protocolo de Kioto aprovado, foram criados mercados para a comercialização de créditos de carbono. O Governo Brasileiro oficializou em maio os dois primeiros projetos brasileiros (no Rio de Janeiro e Bahia) para serem comercializados internacionalmente.
2008: Registrou as temperaturas mais altas desde 1850.
2009: Foi o quinto ano mais quente da História e a década de 2000 foi a mais quente já registrada.
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