21 de mar. de 2010

Hora do Planeta sem luz de velas

Pessoal,

A HORA DO PLANETA será no próximo sábado, dia 27, entre 20h30m e 21h30m. Em 2009, este evento foi realizado pela primeira vez no Brasil em 113 municípios e com cerca de 50 mil pessoal, que durante uma hora apagaram as luzes de suas casas como um ato simbólico contra os problemas causados pelo aquecimento global.

No Rio, cidade-sede do evento no Brasil, o Cristo Redentor, a Igreja da Penha, o castelo da Fundação Oswaldo Cruz e a orla de Copa serão apagados, além de vários letreiros luminosos de empresas.

Para quem for participar da HORA DO PLANETA um lembrete que não está sendo divulgado pela mídia: ficar durante esta uma hora à luz de velas não estará contribuindo muito para a redução do aquecimento global, pois a queima da vela gera CO2, gás que provoca o efeito estufa...

De Martini

6 de mar. de 2010

Redução de Resíduos Industriais


O livro "Gestão Ambiental na Indústria", que escrevi com o Gusmão, vai bem, obrigado. Soube que foi muito pedido como presente de amigo oculto no Natal e também como presente de aniversário.
Porém, o meu predileto é o "Redução de Resíduos Industriais: como produzir mais com menos", outra parceria com o Gusmão e também com o Gaya. Este livro nasceu de uma pergunta provocatória:
Por que apenas poucas indústrias adotam estratégias de redução de resíduos se os benefícios gerados são comprovadamente garantidos ?

A partir desta pergunta certa, toda a resposta, ou seja, o livro, veio naturalmente. Escolhemos adotar um plano de expressão baseado em muitos casos reais que nós vivenciamos, o que determinou o estilo do livro e facilitou passar ao leitor o plano de conteúdo: a metodologia para a redução de resíduos. Com isto, definimos desde o começo quantos e quais capítulos o livro teria.
Por isto, este é o meu livro preferido: por sua concepção, planejamento e resultado final.

De Martini

1 de mar. de 2010

Breve História do Clima

foto: truehuger

Existem cada vez mais evidências de que as mudanças climáticas no mundo estão sendo provocadas pelo próprio homem.

Esta história está acontecendo agora e todos nós somos participantes dela, com destaque para os profissionais responsáveis pela gestão ambiental no ambiente industrial, pois envolve, por exemplo, a combustão de derivados de petróleo e os compostos químicos gerados nesta combustão que provocam a alteração no clima da Terra.

Como nem todas as pessoas acompanham esta novela desde o início, não conseguem entender as ações atuais, os novos lances, os suspenses e até as participações dos seus diversos atores. A única diferença em relação a uma novela é que o assunto “mudanças climáticas globais” não é uma obra de ficção, muito pelo contrário.

Para que todos possam acompanhar o desenrolar dos próximos capítulos, abaixo é apresentado um resumo com os principais momentos de 1810 até agora.

De Martini

1810: Com o início da Revolução Industrial começa a produção de gases de efeito estufa (responsáveis pelo aquecimento do planeta) em larga escala pelo homem, especialmente, dióxido de carbono (CO2), emitidos na queima de combustíveis fósseis (petróleo, carvão e gás natural) para a geração de energia e transporte.

1961: A Organização Meteorológica Mundial, órgão das Nações Unidas,começa a registrar anualmente a temperatura média global da superfície da Terra, verificando, a partir de então, o aumento progressivo desta.

1992: Na Rio 92 os países decidem atuar no controle das emissões dos gases de efeito estufa estabelecendo responsabilidades e deveres diferentes: os países industrializados teriam maior responsabilidades nas ações, pois, o efeito estufa foi provocado, principalmente, pelos gases acumulados na atmosfera por muitos anos de geração.

1997: Em Kioto (Japão) foi estabelecido um acordo contra o aquecimento global, conhecido como Protocolo de Kioto, estabelecendo metas para os países industrializados: redução da emissão de gases dos efeito estufa, na média em 5 % em relação a 1990. Os países em desenvolvimento não precisam cumprir metas. Este Protocolo só passaria a vigorar quando aprovado por países que representem, no mínimo, 55 % das emissões totais de CO2 em 1990, o que só ocorreu em 2005 quando a Rússia assinou o protocolo, já ratificado por mais de 118 países, que passou a ser considerado o Tratado de Kioto, mesmo sem a aprovação dos Estados Unidos da América, que representam sozinhos por 25 % das emissões mundiais de CO2.

O Brasil conseguiu incluir um instrumento no Protocolo permitindo que investimentos feitos nos países em desenvolvimento, que reduzam gases do efeito estufa possam ser contabilizados (créditos de carbono) pelos países industrializados e reduzidos de suas metas. Estes investimentos poderiam ser certificados (Certified Emissions Reductions – CER), através de padrões internacionais e comprados por empresas ou governos.

1998: Na época foi o ano mais quente da história, 0,55 °C acima da média anual.

2002: Na época foi o segundo ano mais quente da história, 0,48 °C acima da média anual.

2003: Na época foi o terceiro mais quente da história, 0,45 °C acima da média anual. O verão europeu de 2003 foi o mais quente em 500 anos. Pesquisa da Universidade de Berna, publicada na revista Science, que analisou dados de amostras geológicas, biológicas e registros históricos (a temperatura passou a ser registrada na Europa a partir de 1750). O estudo informa também que os 10 verões mais quentes da Europa foram os dos últimos 10 anos. Nos últimos 10 anos o inverno europeu também tem sido mais quente do que a média história.

2004: A NASA, agência aeroespacial americana, sustenta que o ciclone Catarina que atingiu o Sul do Brasil em março, era um furacão formado pelo aumento das temperaturas da superfície das águas no Atlântico Sul.

Neste ano, ainda sem o Protocolo de Kioto aprovado, foram criados mercados para a comercialização de créditos de carbono. O Governo Brasileiro oficializou em maio os dois primeiros projetos brasileiros (no Rio de Janeiro e Bahia) para serem comercializados internacionalmente.

2008: Registrou as temperaturas mais altas desde 1850.

2009: Foi o quinto ano mais quente da História e a década de 2000 foi a mais quente já registrada. A reunião de Copenhague não chegou a definir metas ambientais. Apesar da urgência e importância, o assunto foi adiado para o final de 2010.

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