27 de jul. de 2009
Trabalho em Altura
Hoje é o Dia Nacional de Prevenção de Acidente de Trabalho e vale uma parada para reflexão. A foto acima, do acervo do New York Times, mostra a rotina dos trabalhadores que construiram os arranhacéus em Nova York, nos anos 1920/1930. No Brasil, em pleno século 21, ainda são encontradas situações em que não existem as medidas de segurança necessárias para preservar e proteger a vida do trabalhador.
De Martini
23 de jul. de 2009
Gestão de Resíduo Eletrônico - 2
Uma pesquisa da Nokia revelou que 44 % das pessoas guardam os celulares antigos em casa e só 3 % reciclam seus aparelhos. O celular possui metais pesados, como o cádmio, que podem causar impactos ambientais ao solo e água quando descartados erroneamente.
O primeiro passo na redução de resíduos é avaliar se há a real necessidade da troca do aparelho por outro novo. Em caso positivo, todos os fabricantes e operadoras possuem pontos de coleta que encaminham os aparelhos recolhidos para serem desmontados, triturados e reciclados. Vale a pena.
De Martini
16 de jul. de 2009
Gestão de Resíduo Eletrônico
Um computador obsoleto ao ser descartado é um lixo eletrônico que contém cerca de:
Plástico: 40 %
Metais: 37 %
Dispositivos eletrônicos: 5 %
Borracha: 1 %
Outros: 17 %
(fonte: Geodis Logistics)
Entre as substâncias tóxicas contidas neste lixo eletrônico estão: mercúrio, chumbo, cádmio, berílio, arsênico e retardantes de chama, que podem provocar diversos danos à saúde.
Enquanto na Europa e EUA já há legislação específica para a destinação correta do lixo eletrônico, ainda não há obrigatoriedade no Brasil, apesar do crescimento gigantesco da vendas de computadores.
Mas algumas iniciativas já podem ser feitas, como a doação para programas de inclusão digital. Por exemplo, o CDI recebe computadores doados. O processador tem que ser Pentium II ou superior, HD com mais de 2 GB e memória RAM com mais de 64 MB. Também recebe caixas de som, hubs, impressoras, kits multimídias, modens, mouses, nobreak, scanners e teclados, desde que estejam em bom estado. O site é http://www.cdi.org.br
Seguindo a hierarquia de gestão de resíduos, o passo seguinte é a reciclagem do lixo eletrônico, pois 94 % do computador pode ser reciclado. Antes de jogar fora um monitor queimado consulte o fabricante se há local para a coleta de peças.
De Martini
13 de jul. de 2009
A Crise e o Desenvolvimento Sustentável
O ano de 2008 foi um dos dez mais quentes dos últimos 160 anos. Mas quente mesmo vai ser a reunião em dezembro de 2009 quando se definirá o acordo sobre o formato para a segunda fase do Protocolo de Kioto. A reunião em Áquila (Itália) na semana passada mostrou que está difícil chegar ao consenso entre países industrializados, emergentes e os EUA sob nova direção.
Na reunião que aconteceu em dezembro de 2008, na Polônia, o Brasil se comprometeu a diminuir em 40 % a devastação florestal até dezembro de 2009, não por coincidência, mesma data do prazo final do acordo pós -Kioto. O Brasil se esforça em demostrar que é possível diminuir e divulgou este mês uma redução de 80 % do desmatamento a Amazônia Legal de agosto/2008 a janeiro último.
O Jornal do Brasil publicou este meu artigo em 9 de julho de 2007 que trata sobre os 20 anos do conceito "desenvolvimento sustentável" e a imposição dos EUA de só discutir metas climáticas caso sejam obrigatórias também para os países emergentes (Brasil incluído). Pela atualidade do tema nesta fase de revisão do protocolo de Kioto coloco o artigo no blog.
De Martini
A crise e o desenvolvimento sustentável
Luiz Carlos De Martini Junior
Em
Desta forma, em 1997, foi estabelecido o Protocolo de Kioto, acordo mundial contra o aquecimento global com metas quantificáveis apenas para os países desenvolvidos: reduzir em 5 % suas emissões de gases estufa até 2012, tomando como base os níveis de 1990. Este protocolo pretendia fomentar o Desenvolvimento Sustentável através de ações práticas dos Governos, responsáveis pelas políticas públicas, e da iniciativa privada, responsável pela implantação de tecnologias menos poluidoras.
Hoje, 20 anos depois da definição de Desenvolvimento Sustentável, as mudanças climáticas representam risco ao planeta e são cada vez mais associadas com as ações humanas, principalmente a queima de combustíveis fósseis (carvão, petróleo e gás) e o desmatamento. Apesar da percepção crescente de que o aquecimento global é um fato técnico, as mudanças climáticas já se transferiram das reuniões científicas para o centro da política mundial. As intenções e declarações feitas por líderes mundiais dos países desenvolvidos, que não pretendem alterar seus padrões de produção e consumo, demonstram que, em rápidos cinco anos, setores inteiros da economia brasileira serão submetidos a um novo tipo de regulamentação. Explicando: os Estados Unidos, só admitem discutir metas de redução de gases estufa caso elas sejam compulsórias também para os países em desenvolvimento, já que suas emissões de gases estufa estão crescendo e logo alcançarão a dos países industrializados.
Assim, em 2012, existe a possibilidade real do Brasil, China e Índia terem responsabilidades a seguir quando se inicia a segunda etapa do Protocolo de Kioto. China e Índia através de compromissos na redução da queima de carvão para geração de energia elétrica e o Brasil respondendo pelo controle do desmatamento da floresta amazônica e setores industriais específicos. O processo de negociação das responsabilidades pós 2012 será uma longa troca de opiniões entre os países, segmentos da sociedade, organizações governamentais e não-governamentais, abrangendo as diversas dimensões do risco das mudanças climáticas. As incertezas científicas ainda existentes é um dos problemas principais a serem discutidos e exigirão o exercício intensivo do diálogo.
Desenvolver de uma forma sustentável abrange as limitações das tecnologias atualmente disponíveis e a capacidade da biosfera em absorver os efeitos das atividades humanas. Por isto, ações eficazes para combater as mudanças climáticas requerem decisões globais, consenso e compartilhamento de responsabilidades para com o mundo e com as gerações futuras. Os países desenvolvidos precisarão assumir o passivo ambiental existente sobre as cabeças de toda a população mundial provocado por séculos de industrialização. E os países em desenvolvimento podem contribuir se apoiados em recursos vindos dos países desenvolvidos.